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OCITOCINA: O HORMÔNIO DO BEM-ESTAR
Com a pandemia, muitas pessoas tiveram sua saúde mental prejudicada pela falta de contato afetivo, o que ocasionou doenças como depressão e ansiedade. Isso pode estar relacionado à falta de ocitocina, importante para produção do bem-estar físico e emocional, como aponta pesquisa publicada no livro Ocitocina, bem-estar e a regulação do afeto.
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, a autora do livro e mestre em Psicologia Clínica no IP (Instituto de Psicologia) da USP, Eliana Nogueira do Vale, explicou que a ocitocina é produzida em diversas situações diferentes, sendo uma delas pelos estímulos sensoriais agradáveis.
"Por exemplo, estímulos táteis agradáveis: massagem, abraço, carinho no cabelo. Todas essas coisas fáceis vão trazer bem-estar. Estímulos auditivos: música, barulhinho de cachoeira, de mar." Além disso, ela destaca também que as relações amorosas, de amizade, de trabalho e o contato com duas ou mais pessoas produzem também ocitocina.
Com o home office e muito tempo em frente do computador, esses estímulos acabam se tornando mais raros. "Tudo isso que eu falei sobre bem-estar exige que se tenha tempo para fazer isso, [?] que possa se dedicar a essas coisas agradáveis", pondera a especialista. Ela explica também que as "pessoas esgotadas não têm tempo para a vida familiar, para vida amorosa, para descansar, para ter lazer." Ou seja, problemas que vão além da questão pandêmica.
FONTE: UOL VIVA BEM
